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Somos todos calouros (parte 2)
Acredito que existem pelo menos duas formas distintas de contar a própria história: a primeira, notavelmente mais fácil, é quando enaltecemos nossas vitórias. A segunda, não sei se mais próxima do real, mas com certeza mais incômoda, é quando expomos os fracassos. Não quero transformar esses posts em uma série de clichês, muito menos em algo que tenha uma vibe auto-ajuda. Mas, preciso citar aqui um tweet que deu início a idéia dessa série: "o amor nos sustenta, mas o sofrimento nos ensina. Essa é uma das coisas mais difíceis de se aceitar: só se aprende (realmente) pela dor".
Não ser aprovado no vestibular no fim de 2006 (claramente!) não foi minha primeira derrota. Quando criança, levei umas boas lambadas por causa dos esportes. Acho que todo mundo deve, pelo menos uma vez, participar de uma pelada para ter certeza de que realmente aquela não é sua praia. Quem me conhece, sabe que as hipérboles ultrapassam as figuras de linguagem e invadem constantemente minha vida. Eu não poderia simplesmente disputar o campeonatinho que rolava toda semana no fim da minha rua. Tinha que competir para valer e foi assim que ingressei em um time de futebol em um clube local.
Já havia passado mais da metade do ano de 1997 (acho). Naquela época com quase 10 anos, não poderia imaginar o quão difícil era ser o plantado (ou libero, como preferirem!). Apesar de ser o mais velho na turma, ao entrar naquela altura do ano, me tornei o calouro. Seguia todas as recomendações do treinador e não era ruim nos treinos como aposto que você leitor imagina! Não lhe culpo. Hoje sou nerd, mas naquela época, me destacava na área dominada pelos valentões justamente pela minha altura. (Hoje isso não faz diferença, tenho 1,71. ¬¬'').
Meu time ganhava com um boa frequêcia dos outros no clube, seja nos treinos oficiais ou naquelas competições organizadas para pais (e mães!) extravasarem nos fins de semana o grito de "vai filhão!". Apesar de não participar das jogadas decisivas, sentia-me parte das vitórias pelas espetaculares (pergunte ao meu treinador!) defesas que fazia quando era convocado nos fins de segundo tempo para a rodada de substituições. Assim, fui de reserva à titular em apenas dois meses. Uma assombrosa melhora, concorda? No entanto, os provérbios estão certos em dizer que quando mais rápida a subida, mais dura a queda.
Logo no primeiro jogo como titular, no início do primeiro tempo, em uma dividida, torci o joelho direito. Acho que até hoje ele não voltou muito bem... Sai chorando do campo. Quando encontrei meu pai só conseguia pedir duas coisas: gelol e desculpas. Foi aí que ouvi uma das frases que mais tem influência na pessoa que sou hoje: "Filho, o importante não é o resultado e sim a jornada que te trouxe até aqui".
Não ser aprovado no vestibular no fim de 2006 (claramente!) não foi minha primeira derrota. Quando criança, levei umas boas lambadas por causa dos esportes. Acho que todo mundo deve, pelo menos uma vez, participar de uma pelada para ter certeza de que realmente aquela não é sua praia. Quem me conhece, sabe que as hipérboles ultrapassam as figuras de linguagem e invadem constantemente minha vida. Eu não poderia simplesmente disputar o campeonatinho que rolava toda semana no fim da minha rua. Tinha que competir para valer e foi assim que ingressei em um time de futebol em um clube local.
Já havia passado mais da metade do ano de 1997 (acho). Naquela época com quase 10 anos, não poderia imaginar o quão difícil era ser o plantado (ou libero, como preferirem!). Apesar de ser o mais velho na turma, ao entrar naquela altura do ano, me tornei o calouro. Seguia todas as recomendações do treinador e não era ruim nos treinos como aposto que você leitor imagina! Não lhe culpo. Hoje sou nerd, mas naquela época, me destacava na área dominada pelos valentões justamente pela minha altura. (Hoje isso não faz diferença, tenho 1,71. ¬¬'').
Meu time ganhava com um boa frequêcia dos outros no clube, seja nos treinos oficiais ou naquelas competições organizadas para pais (e mães!) extravasarem nos fins de semana o grito de "vai filhão!". Apesar de não participar das jogadas decisivas, sentia-me parte das vitórias pelas espetaculares (pergunte ao meu treinador!) defesas que fazia quando era convocado nos fins de segundo tempo para a rodada de substituições. Assim, fui de reserva à titular em apenas dois meses. Uma assombrosa melhora, concorda? No entanto, os provérbios estão certos em dizer que quando mais rápida a subida, mais dura a queda.
Logo no primeiro jogo como titular, no início do primeiro tempo, em uma dividida, torci o joelho direito. Acho que até hoje ele não voltou muito bem... Sai chorando do campo. Quando encontrei meu pai só conseguia pedir duas coisas: gelol e desculpas. Foi aí que ouvi uma das frases que mais tem influência na pessoa que sou hoje: "Filho, o importante não é o resultado e sim a jornada que te trouxe até aqui".
Continua...